&NewLine;<h1 class="wp-block-heading">"O MILAGRE PORTUGUÊS </h1>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Longe dos dogmas de Bruxelas e da política fiscal francesa, o sucesso de Portugal assenta no reforço do investimento e na redução dos impostos, explica o economista Sébastien Laye.</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>É preciso deixar de lado toda a reverência servil pela política económica para compreender melhor os factores-chave do sucesso de cada país..; <em>"Veja-se o caso de Singapura: parece um milagre económico, mas o milagre é menos de inspiração do que de transpiração".</em>Estas palavras do economista Paul Krugman, em 1996, deveriam levar-nos a pôr em perspetiva os diferentes modelos económicos&colon; o modelo japonês&comma; o modelo anglo-saxónico&comma; o modelo escandinavo&period;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Mas há um país na Europa que não só saiu do abismo da crise financeira, como está agora num estado insolente: Portugal. Em muitos aspectos, a análise do atual sucesso económico de Portugal fornece as armas intelectuais de que a atual maioria carece para vencer finalmente o desemprego e sair do crescimento lento;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Antes de mais, os factos. <strong>Desemprego 2013</strong> atingiu um pico de <strong>quase 17&vírgula;5 &percnt;</strong>Atualmente <strong>7&comma;9 &percnt;&comma;</strong> enquanto o desemprego em França parece estar a estagnar em cerca de <strong>9 &percnt;</strong>É difícil recordar uma época em que o diferencial entre os dois países fosse favorável a Portugal... Em termos de finanças públicas&comma; o défice é, em média, de 2 &percnt; do PIB, em comparação com pouco menos de 3 &percnt; em França&comma; apesar de o stock da dívida pública de Lisboa&comma; herdado da crise e da má gestão anterior&comma; ainda atingir 122 &percnt; do PIB&period;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<h2 class="wp-block-heading">Uma revisão completa das finanças públicas</h2>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Após taxas de crescimento negativas entre 2011 e 2013&comma; o <strong>Portugal</strong> registou um <strong>crescimento de 1&comma;6 &percnt; em 2016 e 2&comma;7 &percnt; em 2017</strong> No primeiro semestre de 2018, a taxa de crescimento foi de 0,9 por cento, em comparação com 0,4 por cento em França, o que significa que o crescimento final deverá manter-se muito acima dos 2 por cento em 2018; <strong>embora a economia portuguesa não necessite do mesmo nível de crescimento que a França para criar emprego&período;</strong></p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Sem dúvida, graças a uma estrutura do mercado de trabalho dominada pelos serviços&comma; muito mais intrinsecamente flexível do que o próprio direito do trabalho&colon; este fenómeno é claramente visível no emprego sazonal no sector da hotelaria e restauração&period;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<h2 class="wp-block-heading">Procura interna sustentada</h2>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Mas a maior parte do sucesso atual de Portugal pode ser explicada por dois fenómenos&colon; o relançamento do investimento, por um lado&comma; a concorrência fiscal, por outro&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>A atual maioria portuguesa de esquerda desrespeitou deliberadamente os dogmas de Bruxelas&período; com efeito, Bruxelas advertiu repetidamente Lisboa&comma; criticando a ausência de reformas da legislação laboral e de um quadro orçamental&comma; antes de ter de abrandar as suas críticas perante o sucesso insolente de Portugal&período; nenhuma reforma estrutural do mercado de trabalho para flexibilizar os direitos dos trabalhadores&comma; nenhuma redução da proteção social&comma; e muito menos o congelamento do salário mínimo ou das pensões de reforma&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Portugal optou por apoiar a sua procura interna estimulando o investimento, que, com 17% do PIB, se aproxima do nível alemão, mas com uma inflação mais baixa. O Governo reduziu fortemente os impostos para a classe média e os encargos para as pequenas empresas, ao mesmo tempo que incentivou a indústria a subir de gama, afastando-se de um modelo baseado no "low-cost". <em>baixo custo</em>para aumentar a sua quota de mercado de exportação&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<hr class="wp-block-separator"/>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>De certa forma&comma; o sucesso português e a quebra francesa são apenas o anverso e o reverso da mesma realidade&comma; num curioso jogo de vasos comunicantes à escala europeia&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Em Lisboa&comma; o crescimento é evidente no entusiasmo dos empresários e sobretudo dos jovens&comma; na internacionalização e no otimismo dos investidores&colon; todo o mundo vem fazer negócios em Portugal&period; O contraste com a França e a sua falsa calma no verão de 2018 é ainda mais marcante&comma; num cenário de crescimento vacilante e de esperanças desfeitas...</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p><a href="https://www.lemonde.fr/acces-restreint/idees/article/2018/08/28/cb61daeb52120424a49645264493e54b_5347083_3232.html">fonte</a></p>&NewLine;
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