O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter as taxas de juro não é uma boa notícia, embora fosse esperada. Para o Presidente da República Portuguesa, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter as taxas de juro não é uma boa notícia, embora fosse esperada. eleições.
"É uma notícia esperada, mas não é uma boa notícia. Embora a razão apontada esteja ligada à inflação em alguns países europeus, penso que a verdadeira razão é outra: é a preocupação com as eleições americanas e europeias, com as suas consequências para a guerra e, consequentemente, o peso que isso pode ter na situação económica ao longo de 2024. É por isso que estamos a esperar mais três meses", disse Marcelo, em entrevista à RTP3.
Os analistas consultados pela Lusa acreditam que o Banco Central Europeu e a Reserva Federal norte-americana vão coordenar uma descida das taxas de juro em junho, com enfoque no ritmo da redução.
Após anos de taxas de juro historicamente baixas, a Reserva Federal dos EUA assumiu a liderança do Banco Central Europeu na luta contra a inflação. Em março de 2022, iniciou o fim da era do dinheiro barato ao aumentar as taxas pela primeira vez desde 2018, em 25 pontos de base. O BCE só aumentou as taxas em julho de 2022, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos de base.
Os analistas consultados pelo Lusa acredita que o Banco Central Europeu e a Reserva Federal dos EUA actuarão em conjunto para reduzir as taxas de juro em junho, sublinhando o ritmo da redução.
A diferença de calendário levou a críticas sobre a "lentidão" do Banco Central Europeu em atuar, mas os dois bancos centrais poderão agora estar alinhados para o primeiro ajustamento, de acordo com as expectativas do mercado.
O Banco Central Europeu e a Reserva Federal, que mantiveram as taxas de juro inalteradas nas últimas reuniões, estão a avaliar se a inflação está suficientemente controlada para começar a baixar as taxas. Isto tornaria os empréstimos mais baratos para os consumidores e as empresas, encorajando-os a contrair empréstimos, a gastar e a investir, evitando assim um abrandamento económico que poderia levar a um aumento do desemprego.
Como esperado, o BCE manteve as taxas de juro inalteradas pela quarta vez consecutiva. A Presidente do BCE, Christine Lagarde, disse numa conferência de imprensa que o banco central estava a fazer "bons progressos" no sentido de trazer a inflação de volta ao objetivo 2%, mas que ainda não tinha sido bem sucedido.
O BCE reviu em baixa a sua previsão de inflação média para a zona euro para 2% em 2025, colocando a inflação do próximo ano em linha com o objetivo de estabilidade dos preços do banco central de 2,3% em 2024.
As declarações de Lagarde criaram expectativas no mercado sobre o momento de uma descida das taxas, afirmando que os dados económicos ditariam o próximo passo do banco e que em abril teria "um pouco" mais de informação e "muito mais em junho".
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