&NewLine;<h1 class="wp-block-heading">PORTUGAL APRESENTA O SEU ORÇAMENTO PARA 2019</h1>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Toda a gente na Europa está atenta ao orçamento de Itália, que parece inaceitável para a Europa, mas esta semana, muito mais discretamente, Portugal publicou o seu orçamento para 2019;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>No seu projeto de orçamento para 2019, apresentado há 48 horas, o Governo português prevê reduzir o défice para 0,2% do produto interno bruto, o nível mais baixo dos últimos 40 anos;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>E tudo isto com um crescimento previsto para se manter acima dos 2%, o suficiente para fazer sonhar a maioria dos países europeus&período; E este fenómeno é surpreendente&comma; por várias razões&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Em primeiro lugar& é uma inversão da sorte&colon; vejamos de onde vem este país de 11 milhões de habitantes&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>de 2011 a 2016&comma; Portugal esteve em crise &excl; Em 2011&comma; já toda a gente previa que depois da Grécia&período; que Portugal era o próximo da lista&período; O país estava à beira do default&comma; passando por um enorme programa de austeridade e 3 anos de recessão&período; Tudo isto com o desemprego a 17&percnt; &excl;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Num curto espaço de tempo, tudo se inverteu&período; <strong>O desemprego desceu para 7 por cento;</strong>&período; Previsão para o próximo ano &colon; 6&vírgula;3&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>O crescimento é estável&comma; as exportações estão de volta&período; o sector automóvel&comma; o sector imobiliário&comma; o sector têxtil&comma; o turismo estão a impulsionar a economia&período; o investimento estrangeiro está a aumentar&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>A dívida continua a ser o maior problema de Portugal <strong>3º maior na zona</strong> euro&período; Mas a situação está a melhorar&colon; 130&percentual do PIB há 4 anos&comma; 118 previstos para o próximo ano&período; Como resultado&comma; as agências de notação retiraram Portugal da categoria <strong>"país especulativo</strong>Na passada sexta-feira, a Moody's classificou-o mesmo como um <strong><a href="https://vivreauportugalconsulting.com/le-portugal-vers-un-deficite-historiquement-bas-en-2019/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">"perspectivas estáveis</a></strong>&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Trata-se de uma recuperação espetacular&período; as boas notícias económicas são demasiado raras na Europa para serem ignoradas&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<h2 class="wp-block-heading">Uma política de esquerda de recuperação baseada no consumo</h2>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>O que é que o Governo português está a fazer para alcançar esse resultado? <strong>Nos últimos três anos&comma; Portugal tem feito tudo o que Bruxelas detesta&period;</strong></p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Desde 2015, o país é governado por uma coligação de esquerda, um governo socialista apoiado pelos comunistas, pelos ecologistas e pela "frente de esquerda" local, que não se contenta em dizer-se de esquerda, mas que pratica uma política de esquerda que se tornou uma "anomalia" na Europa;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>No orçamento do próximo ano, Portugal prevê aumentar os salários do sector público em 3 pontos percentuais, criar 5 novos hospitais e numerosos centros de saúde e melhorar a proteção social das famílias;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>No espaço de três anos, o atual governo já &colonizou;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>&&num;8211&semi; &nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;Aumentou o salário mínimo&comma; todos os anos&nbsp&semi;&semi;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>&&num;8211&semi; &nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;Melhoria das pequenas pensões&nbsp&semi;&semi;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>&&num;8211&semi; &nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;&nbsp&semi;Parou as privatizações exigidas por Bruxelas&nbsp&semi;&semi;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>&&num;8211&semi; E reformou o Código do Trabalho para limitar os contratos a prazo;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Também planeia aumentar os impostos sobre os rendimentos elevados&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p><strong>É uma política de esquerda</strong>É o oposto da austeridade defendida por Bruxelas nos últimos anos&período; E funciona&excl;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<h2 class="wp-block-heading">Discrição europeia</h2>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>A direita portuguesa não contesta os bons resultados&período; Mas para ela&comma; estes sucessos são fruto dos anos de austeridade que antecederam&comma; esta austeridade que a direita tinha imposto antes de 2015&período; Em suma&comma; os socialistas levam os louros para si&período; Mantendo, no entanto, uma política de direita num aspeto fundamental&colon; o controlo das contas públicas&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>No outro extremo do espetro político&comma; os parceiros comunistas do governo e a CGT consideram que esta medida não vai suficientemente longe&period; e que os pequenos salários deveriam ser aumentados ainda mais&period;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>De facto, todos se preparam para as próximas eleições em Portugal, que deverão ter lugar dentro de um ano&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Mas o aspeto mais revelador de tudo isto é a discrição da Europa&período;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p><strong>Bruxelas tem o cuidado de não ser demasiado ostensiva nos seus elogios aos resultados de Portugal&período;</strong> </p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>O que se diz é que esta receita não pode ser transposta para outros países da União porque o custo da mão de obra continua a ser muito baixo em Portugal e porque o país continua a ser um viveiro de emigração;</p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p><strong>Esta discrição de Bruxelas é sobretudo reveladora de uma forma de embaraço.</strong> O facto de Portugal estar a ter sucesso ao fazer exatamente o oposto do que a Comissão Europeia pede&período;</p>&NewLine;
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