Consumo

50% de portugueses vivem abaixo do limiar de pobreza

&amp;NewLine;<p>O primeiro ano da pandemia afectou todos os países europeus, mas teve um impacto mais negativo em Portugal e nos portugueses. A 17 de outubro, o mundo celebra o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e, em Portugal, 50 por cento dos portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>De facto, é preciso recuar a 2014, ano do fim da terceira intervenção da troika no país, para encontrar um aumento tão significativo do número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<h2 class&equals;"wp-block-heading">50&amp;percentuais dos portugueses vivem abaixo do limiar de pobreza&amp;nbsp&amp;semi;<&sol;h2>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>A pobreza em Portugal, que tem tido uma tendência crescente desde 2017, manteve-se após dois anos de pandemia e, com a chegada da guerra à Europa, a situação agravou-se ainda mais, prevendo-se que continue a piorar;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Trata-se de uma nova crise global que atinge de forma muito particular as camadas mais vulneráveis da sociedade, acelerando o agravamento de uma situação já de si precária; que já registava uma tendência preocupante em termos de aumento da pobreza&amp;comma; foi também afetada pelo panorama atual&amp;comma; que não só dificulta a melhoria desta situação&amp;comma; como a agrava&amp;comma; adverte&amp;nbsp&amp;semi;<a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;pordata&period;pt&sol;portugal&sol;taxa&plus;de&plus;risco&plus;de&plus;pobreza&plus;apos&plus;transferencias&plus;sociais&plus;total&plus;e&plus;por&plus;composicao&plus;do&plus;agregado&plus;domestico&plus;privado-3008">Pordata<&sol;a>num estudo publicado na segunda-feira&amp;período;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Para chegar a estas conclusões, foram analisados dados como "idade&amp;semi;vírgula; família&amp;vírgula; trabalho ou vida quotidiana dos cidadãos" para perceber que três grupos são os mais afectados &amp;colon;&amp;nbsp&amp;semi;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<ul class&equals;"wp-block-list"><li>famílias com crianças &amp;semi;&amp;nbsp&amp;semi;<&sol;li><li>os desempregados &amp;semi;&amp;nbsp&amp;semi;<&sol;li><li>pessoas com mais de 65 anos&amp;período;<&sol;li><&sol;ul>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Luísa Loura&amp;comma; diretora da Pordata&amp;comma; revelou ontem à noite na televisão dados mais concretos&amp;período; Portugal tem uma população pobre&amp;comma; só com base no rendimento &amp;&amp;num;8211&amp;semi; i&amp;rsquo&amp;semi; ou seja, sem contar com a assistência social&amp;comma; de cerca de 4&amp;comma;4 milhões de pessoas&amp;comma; um número que&amp;comma; segundo ela&amp;comma; desce para cerca de 1&amp;comma;9 milhões de pessoas se forem tidos em conta benefícios sociais como o "Rendimento Social de Inserção &amp;lpar;RSI&amp;rpar;&amp;period;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Isto é quase metade da população portuguesa&amp;período; Se olharmos mais de perto, 40 &amp;percnt; das famílias estarão a ganhar cerca de 833 euros por mês em 2020&amp;comma; de acordo com os dados da Pordata&amp;nbsp&amp;semi;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Quanto aos desempregados&amp;comma; 2020 assistiu a uma inversão da tendência&amp;período; Se desde 2014&amp;comma; o número de&amp;rsquo&amp;semi;inscritos no Pôle emploi vinha a diminuir&amp;comma; com a chegada da pandemia assistiu-se a um aumento de 22&amp;comma;5&amp;percnt; em relação a 2019&amp;período; E no ano passado&amp;comma; não só não houve&amp;rsquo&amp;semi;declínio&amp;comma; como aumentou&amp;rsquo&amp;semi;cerca de 23&amp;percnt; em relação ao período pré-pandémico&amp;período;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Embora&amp;semi;com um aumento menos expressivo&amp;comma; mas significativo para o cenário global&amp;comma; em 2021 há mais pessoas a receber o&amp;rsquo&amp;semi;rendimento social de inserção &amp;lpar;RSI&amp;rpar;&amp;comma; o que representa um aumento de 1&amp;comma;6&amp;percnt; em comparação com 2020&amp;período; Esta é uma tendência que não se verificava desde 2012&amp;comma; o que significa que, embora os números estejam atualmente muito longe dos de há dez anos&amp;comma; a tendência descendente registada desde então foi interrompida no ano passado&amp;período;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>No que respeita às pessoas com mais de 65 anos, em 2021 haveria mais 1,6 milhões de pensionistas da Segurança Social a viver com pensões inferiores ao salário mínimo nacional de 665 euros por ano;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<h2 class&equals;"wp-block-heading">Poderão os portugueses enfrentar o inverno&amp;quest;<&sol;h2>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Se recuarmos até 2020&amp;comma; Portugal foi um dos países <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;vivreauportugalconsulting&period;com&sol;le-portugal-5e-pays-le-plus-mal-chauffe&sol;" data-type&equals;"url" data-id&equals;"https&colon;&sol;&sol;vivreauportugalconsulting&period;com&sol;le-portugal-5e-pays-le-plus-mal-chauffe&sol;">a classificação mais baixa<&sol;a>&amp;period; Foi o segundo dos 27 países da União Europeia com mais pessoas a viver em habitações em más condições &amp;lpar;25 &amp;percnt;&amp;rpar; e o quinto com mais frio &amp;lpar;16 &amp;percnt;&amp;rpar;&amp;period; Um ano mais tarde&amp;comma; em 2021&amp;comma; o panorama permaneceu o mesmo&amp;period;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Este número aumenta ligeiramente se acrescentarmos as pessoas que, apesar dos seus rendimentos e apoios sociais, se mantêm acima do limiar da pobreza, mas que não têm condições materiais para viver com dignidade; habitação&amp;comma; alimentação&amp;comma; aquecimento nas suas casas&amp;comma; este número sobe para cerca de 400 mil se tivermos em conta os 1&amp;comma;9 mil milhões"&amp;comma; acrescenta Luísa Loura&amp;period;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Mas há uma estatística em que Portugal se destaca pela positiva &amp;colon; privação alimentar&amp;período; Somos o segundo país entre os 27 onde mais pobres conseguem assegurar uma refeição de carne&amp;comma; peixe ou equivalente vegetariano de dois em dois dias &amp;lpar;6&amp;percnt; não&amp;rsquo&amp;semi;conseguem fazê-lo&amp;rpar;&amp;período;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<h2 class&equals;"wp-block-heading">Inflação: um fenómeno que se prolonga por vários anos<&sol;h2>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>A Pordata mostra em números o que os partidos de esquerda e de direita criticaram sobre o projeto de orçamento de Estado &amp;lpar;OE&amp;rpar; para 2023&amp;período; Por outras palavras&amp;comma; a taxa de&amp;semi;inflação está a aumentar&amp;comma; mas o salário mínimo nacional&amp;comma; e as pensões de velhice e de invalidez&amp;comma; não estão a acompanhar&amp;período;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Mas isto não é novidade&amp;período; desde 1978&amp;vírgula; ano a partir do qual há registos disponíveis&amp;vírgula; até hoje&amp;vírgula; incluindo os "principais picos de inflação" em 1984&amp;lpar;28&amp;comma;5&amp;percnt; e o&amp;rsquo&amp;semi;ano da intervenção da troika em Portugal&amp;rpar; e em 1990 &amp;lpar;13&amp;comma;6&amp;percnt;&amp;rpar;"&amp;comma; há "vários períodos em que o seu aumento foi inferior ao aumento da&amp;rsquo&amp;semi;inflação"&amp;período;<&sol;p>&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;&amp;NewLine;<p>Na situação atual, com uma inflação de 9&amp;comma;3 &amp;percnt; &amp;lpar;dados do INE para setembro&amp;rpar;&amp;comma; ou seja, ao nível de 1992 &amp;lpar;9&amp;comma;6 &amp;percnt;&amp;rpar;&amp;comma; a perda de poder de compra dos beneficiários do salário mínimo é real&amp;período;<&sol;p>&amp;NewLine;

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