O governo está atualmente a passar por um verdadeiro golpe de teatro. Ontem, o orçamento de Estado para 2022 foi rejeitado pela oposição e, consequentemente, não foi votado. As consequências são profundas e obrigaram o Presidente da República a dissolver o governo.
Orçamento de Estado para 2022 rejeitado pela oposição
Na quarta-feira, o Governo e a oposição juntaram-se para votar o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). O Parlamento Europeu rejeitou o orçamento de Estado português por 117 votos a favor, 108 contra e 5 abstenções.
António Costa e o seu governo não conseguiram unir a oposição em torno deste orçamento, o que deverá obrigar o Presidente da República Portuguesa a dissolver o governo e a marcar eleições legislativas antecipadas no prazo de 60 dias.
Le Presidente da RepúblicaO primeiro-ministro reuniu-se com o presidente da Assembleia da República na quarta-feira à noite para analisar as soluções possíveis em resposta à oposição. Fez saber que, se o Governo e a oposição não conseguirem chegar a acordo sobre o orçamento para 2022, que considera fundamental para o bem do país, não terá outra alternativa senão pedir ao povo português que vote numa nova campanha legislativa. Para sexta-feira, está prevista uma reunião com os vários actores sociais, seguida de um segundo encontro com os líderes dos vários partidos políticos.
Se não houver grandes surpresas, Marcel Robela de Sousa deverá, portanto, proceder à dissolução formal das câmaras, para que se possam realizar eleições antecipadas já em janeiro de 2022.
Antónia Costa e o seu governo estão, portanto, a viver os seus últimos dias à frente do país.