Desde a crise, os preços dos imóveis registaram uma queda média de 30%. Em 2005, registaram-se 300 000 transacções imobiliárias, mas em 2013 foram apenas 100 000. Consequentemente, os preços baixaram consideravelmente, mais ainda na periferia do que no centro das grandes cidades. Atualmente, estão a estabilizar.
Financiamento disponível junto dos bancos locais
Como Portugal faz parte da União Europeia, um cidadão francês pode pedir um empréstimo a um banco local para comprar um imóvel. Além disso, quando o imóvel alvo é propriedade do banco, pode ser possível financiá-lo a 100%, ao passo que a taxa de empréstimo é geralmente mais vantajosa quando o comprador efectua um depósito.
Mas prepare-se para pagar taxas elevadas, uma vez que os bancos exigem frequentemente que o comprovativo de rendimentos seja traduzido por um tradutor oficial aprovado pela embaixada.
Deve também ter em conta que os empréstimos à habitação em Portugal são geralmente a taxas variáveis. Por isso, antes de se comprometer, é essencial saber como são indexadas as suas prestações mensais. Na maioria dos casos, estão indexados ao índice EURIBOR, ou seja, à taxa de juro média utilizada pelos 50 maiores bancos europeus para concederem empréstimos entre si.
Quando a EURIBOR sobe, os pagamentos mensais do mutuário também sobem. No entanto, alguns contratos incluem uma cláusula que permite ao banco não ajustar a prestação mensal se o índice descer. Por conseguinte, é essencial prestar muita atenção a este tipo de cláusula.
Vantagens fiscais
Durante a crise, o Governo português teve de aplicar uma política de austeridade para obter ajuda financeira da comunidade europeia e internacional. O consumo caiu a pique e os bancos não conseguiram encontrar compradores para os seus imóveis. Por isso, recorreram ao capital estrangeiro para vender o stock imobiliário. É por isso que, desde 1 de janeiro de 2013, os reformados do sector privado europeu que se mudem pela primeira vez para Portugal estão isentos de imposto sobre as pensões recebidas no seu país de origem.
Desta forma, o governo espera injetar dinheiro "fresco" na economia local para ajudar a impulsioná-la.
Para que conste
O custo de vida em Portugal é 30 a 40% inferior ao de França. O poder de compra dos reformados com uma pensão média é, portanto, muito maior. É por isso que investir para a sua reforma em Portugal pode ser, por exemplo, uma oportunidade para comprar uma pequena casa, que pode arrendar enquanto paga a hipoteca.