O Ministro de Estado da Economia e da Transição Digital indicou que o crescimento em Portugal poderá aumentar 5% até ao final do ano, após os bons resultados do terceiro trimestre.
Crescimento em Portugal até 5% em 2021
"Penso que o crescimento económico estará mais próximo dos 5 % do que dos 4 %", afirmou Pedro Siza Vieira em entrevista ao programa Tudo é Economia na RTP3 na terça-feira à noite.
Os resultados do terceiro trimestre foram os esperados, "embora o mês de julho não tenha tido um crescimento tão rigoroso, devido à situação pandémica que se viveu", afirmou. Por outro lado, o mês de agosto superou todas as expectativas em praticamente todos os sectores de atividade, incluindo o retalho, a restauração e a hotelaria.
Para Pedro Siza Vieira, o ritmo de crescimento económico está a corresponder e talvez a ultrapassar as expectativas do Governo.
"Estamos convencidos de que, do ponto de vista do crescimento económico ao longo do ano, vamos ultrapassar as previsões. A economia está a ter um desempenho não só melhor do que o previsto, mas também melhor do que a maioria dos observadores estimava há alguns meses", afirmou.
O Ministro salientou que se verificava "uma recuperação muito rigorosa da economia", uma vez que a procura estava a recuperar muito rapidamente, enquanto as restrições sanitárias estavam a ser levantadas devido à pandemia.
Na semana passada, o Ministro das Finanças, João Leão, afirmou que a crise pandémica teve, até ao momento, um impacto de 30 mil milhões de euros na dívida pública portuguesa, acrescentando que esta poderá atingir os 40 mil milhões de euros no próximo ano. De acordo com o Ministro das Finanças, o sector privado também viu a sua dívida aumentar em cerca de cinco mil milhões de euros no ano passado.
Em entrevista à RTP3, o Presidente da República explicou que "a crise teve um impacto muito significativo na dívida", nomeadamente na dívida do Estado, estimando que o montante atinja "cerca de 35 mil milhões a 40 mil milhões de euros" até 2022. João Leão salientou que, em 2020, a dívida pública terá atingido os 133 %, o que considerou "uma dívida muito elevada" para Portugal.
Segundo o Presidente da República, a trajetória de redução da dívida "será baseada na forte recuperação económica" e, ao mesmo tempo, "essencial no contexto de um nível muito elevado de dívida para dar confiança à estabilidade e credibilidade financeira de que o país necessita".
"O que é crucial é colocar a dívida numa trajetória de produção devido ao forte crescimento da economia. Esta trajetória vai dar-nos a todos a capacidade de olhar para o futuro com otimismo e não com incerteza e nuvens negras", afirmou.
Le Portugal foi o país da Europa que registou o crescimento mais rápido no segundo trimestre, com 15,5 1T3. Este é o trimestre em que se registou o maior crescimento desde a série histórica. Trata-se de um crescimento notável do PIB em termos homólogos e que se confirma para o terceiro trimestre com alguns indicadores muito positivos. Com indicadores económicos, nomeadamente a evolução das vendas a retalho e dos pagamentos por multibanco. Isto mostra que já está a haver uma grande recuperação no país.