Eleições legislativas em Portugal
Em 6 de outubro, o Português vai às urnas para eleger os 230 deputados da Assembleia da República e o Primeiro-Ministro. Para os próximos quatro anos.
No dia 29 de agosto, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa anunciou o calendário oficial das eleições legislativas em Portugal. O período pré-eleitoral já começou e a publicidade direta ou indireta nos meios de comunicação social fora da campanha eleitoral passou a ser proibida, de acordo com o artigo 72.º da lei eleitoral da Assembleia da República. A campanha teve início a 22 de setembro e terminará a 4 de outubro.
Os diferentes partidos políticos
- o Partido Social Democrata é representado por Rui Rio
- o Partido Socialista é liderado pelo atual Primeiro-Ministro António Costa
- o Bloco de Esquerda é liderado por Catarina Martins
- o CDS-PP é representado por Assunção Cristas
- A Coligação Democrática Unitária, que reúne o Partido Comunista Português e o partido ecologista Os Verdes, é representada por Jerónimo de Sousa.
- PAN (pessoas, animais, natureza) liderado por André Silva
Intenções de voto
A poucas semanas das eleições legislativas portuguesas, os institutos de sondagem já publicaram as suas primeiras previsões. Os Multidados realizou um estudo para o canal privado de televisão TVI para determinar as intenções de voto dos eleitores portugueses. Os resultados revelaram que 35,5% dos eleitores tencionam votar no PS, 20,3% no PSD, 14,7% no BE e 7,9% no PAN.
Tal resultado para o PS significaria a perda da sua maioria absoluta em assentos no parlamento, enquanto o PAN se tornaria a quarta força política no país, à frente do PCP (5.6%) e do CDS-PP (3.3%). No entanto, os resultados do BE e do PAN poderiam garantir uma maioria e um apoio estável a uma nova coligação com o PS. Cerca de 30% dos eleitores afirmaram não ter confiança em nenhum partido e 11,5% afirmaram não pertencer a nenhum partido. Recorde-se que a abstenção em 2015 foi de 44,14%. Tendo em conta a taxa de abstenção nas eleições europeias, podemos temer o pior.
A crise da direita e da esquerda existe
Nas últimas eleições legislativas, a 4 de outubro de 2015, os partidos de direita (PSD/CDS-PP) obtiveram 38,36 % dos votos, incluindo a Madeira e os Açores. Quanto ao PS, também obteve a maioria na Assembleia da República aliando-se a parceiros de esquerda: o BE, o PCP e o PEV, formando a famosa "geringonça".
A mesma sondagem revela também o agravamento da crise da direita, com o CDS-PP a obter apenas 3,3% das intenções de voto. EmboraAntónio Costa não tem a certeza de obter uma maioria absoluta, as previsões são de que a esquerda vencerá estas eleições. O Primeiro-Ministro terá ainda de encontrar uma forma de reforçar a influência do seu partido no Parlamento.