GREVE DOS TRANSPORTADORES DE COMBUSTÍVEIS EM PORTUGAL
A greve dos transportadores de combustíveis em Portugal começou no dia 12 de agosto. O Governo de António Costa decidiu colocar o país em crise energética, que se prolongará até 21 de agosto.
Le governo impõe certas regras que afectarão os utilizadores, nomeadamente a utilização do exército para prestar um serviço mínimo. A partir de agora, cada carro só poderá abastecer um máximo de 25 litros de combustível.
Uma verdadeira crise energética
Na segunda-feira à noite, o Governo declarou o estado de crise energética em todo o país até 21 de agosto. O abastecimento dos utilizadores está limitado a 25 litros de combustível para os veículos ligeiros e a 100 litros para os veículos pesados.
Note-se que isto só se aplica às estações que não são consideradas prioritárias. Nestes postos, só podem ser fornecidos 15 litros de combustível por veículo. A situação é já muito tensa, com muitos postos a ficarem sem gasóleo.
Serviço mínimo implementado
Na segunda-feira, 12 de agosto, o Governo português decidiu requisitar camionistas no primeiro dia de greve dos transportadores de combustíveis em Portugal, que exigem aumentos salariais.
De acordo com Tiago Antumes, porta-voz do governo "Não havia outra solução".Estes comentários foram feitos após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros no final do domingo. A medida será aplicada "em regiões e sectores onde os serviços mínimos não foram respeitados"Destacou, em particular, a oferta dos aeroportos e da região do Algarve, onde muitos turistas portugueses e estrangeiros passam as suas férias.
Depois de constatar que os serviços mínimos tinham sido respeitados durante a manhã, o Primeiro-Ministro António Costa declarou que a situação tinha evoluído negativamente, abrindo caminho à requisição de camionistas.
Exército requisitado para prestar um serviço mínimo
A justiça portuguesa afirma que "esta greve dos transportadores está dentro dos limites do admissível", mas o parecer rejeita qualquer posição sobre a legalidade da reivindicação. "Depende dos tribunais". O mesmo parecer diz que os serviços mínimos podem e devem ser alargados para "proteger outros direitos e interesses". O Procurador-Geral da República diz que para isso "o que é necessário é o alargamento progressivo dos serviços mínimos".
Relativamente a uma requisição civil preventiva com intervenção do exército, a justiça portuguesa indica que é possível e legal. O Governo afirmou que ainda não foi decretada, mas que não exclui essa possibilidade.
18 estações de serviço % completamente secas
Antecipando as dificuldades de reabastecimento, muitos automobilistas abasteceram-se antes do início do movimento. Na tarde de segunda-feira, cerca de 18 % do cerca de 3.000 estações de serviço do país estavam completamente secos e outros tantos tinham falta de pelo menos um tipo de combustível.